No arbítrio deste humilde leitor, a ditosa história de amor envolvendo a pobre viúva Rute e o Rico fazendeiro Boaz não deve servir de esteios para maior notoriedade deste livro. Em virtude, do relacionamento de Rute com sua sogra Noemi que perpassa ao longo do livro ser o maior exemplo da personificação do Amor. Portanto, enveredando por outra linha de pensamento após uma prestimosa atenção a ênfase suma deste livro é o próprio DEUS.


O personagem precípuo é DEUS. ELE é o nosso BOAZ, ELE é o nosso Remidor. O SENHOR da História. ELE é o DEUS da Provisão que faz a mulher estéril ser bisavó do maior rei de Israel, o grande rei Davi. Bendito seja DEUS que incluiu Rute, a moabita, gentia, no plano da Redenção, um pequeno vislumbre do mistério de DEUS que estava oculto aos filhos de Israel é que lá na frente com a chegada do Messias seria revelado (Ef 1:9) é que os gentios iriam ser enxertados na Videira verdadeira (Rm 11). Judeus e gentios formando um só corpo, um novo homem (Ef 2:15,16).


Um outro ponto a evidenciar é que a nora tornou-se para sogra enlutada [ pelo finamento do marido e dos filhos ] uma filha que valia mais do que 7 filhos homens (Mc 3:31-35). 

GLORIA a DEUS.




















Como guisa de introdução, mencionarei a palavra “calma” para meus amados irmãos como lenitivo atinente a estes questionamentos. E ao longo da narrativa vamos descerrar sobre esse assunto e perquirir cuidadosamente se há controvérsia na teologia do apóstolo Paulo com as lições práticas de Tiago narrados em sua missiva.

Na teologia de Paulo o homem é justificado pela fé, mas segundo Tiago, coluna da igreja de Jerusalém, o homem é justificado pelas obras é não somente pela fé( Tg 2:24).

Ambos esposam seus argumentos evocando a figura do patriarca Abraão, o pai da fé, o pai dos judeus.

Para legitimar seus argumentos, Paulo recorre às escrituras que diz: Abraão creu em Deus, e isso foi lhe imputado como justiça (Gn 15:6), se Abraão fosse justificado pelas obras, teria de se gloriar diante de Deus é sua recompensa não seria segundo a graça, mas segundo a dívida (Rm 4:2-3). Todavia, àquele que não pratica, mas crer no Deus que justifica o ímpio, sua fé lhe é creditada como justiça (Rm 4:5). Porém Tiago é meridianamente claro ao dizer: Porventura Abraão, o nosso pai, não foi justificado pelas obras, quando ofereceu sobre o altar o seu filho Isaque (Tg 2:21).

Por causa desse “conflito”, assaz estudiosos tiveram dificuldades em entender os versículos em apreço. Um exemplo, Martinho Lutero é profusamente infeliz ao considerar Tiago como carta de palha.

Porém, amados irmãos, cremos que toda escritura foi inspirada por Deus (2Tm 3:16), também cremos que o nosso Deus não é de confusão (1Co 14:33). O evangelho não é fruto do intelecto humano, sua origem é divina. Não é de Paulo, mas da pessoa teantrópica de Cristo. Por acaso, Cristo está dividido? De maneira nenhuma! Portanto, Paulo não é maior do que Tiago, pois o mesmo espirito que operou eficazmente em Paulo operou eficazmente em Tiago. Logo, não deve haver contradição. Então, como podemos concatenar estes argumentos? Vamos voltar no tempo.

A salvação sempre começou pela fé é sempre terminou pela fé. A maior prova disso é que Abrão era ímpio, pagão e idolatra. Mas Deus que sempre começa, excuta e finaliza a boa obra (salvação; Fp 1:6) fez uma promessa para Abrão dizendo: “e far-te-ei uma grande nação” (Gn 12:2). Abrão obedeceu às instruções do Senhor. Porém o tempo passou e nada da promessa. Abrão e sua mulher já estavam velhos e para piorar a situação Sarai (Gn 16:1), sua mulher, não podia gerar filhos. Diante disso, a Abrão achou que a promessa iria se cumprir através do seu mordomo Eliézer (Gn 15:2-3).

Porém, o Senhor levou Abrão para fora da sua tenda e disse: Olha, agora, para os céus e conta as estrelas, se as pode contar. E disse-lhe: Assim será a tua semente. E creu ele no SENHOR, e foi-lhe imputado isto por justiça (Gn 15:5-6).

Pois bem, após 24 anos, Deus faz um concerto com Abrão instituindo a circuncisão a todo homem “e circuncidareis a carne do vosso prepúcio; e isto será por sinal do concerto entre mim e vós ( Gn 17:11) que identificava o seu povo, como herdeiros do mundo Gn 17:10.

Convém lembrar, que a promessa de Abraão de que havia de ser herdeiro do mundo não foi feita pela lei (Rm 4:13), até por que a lei só veio quatrocentos e trinta anos depois (Gl 3:17).

Enfim, chegando à plenitude dos tempos, o novo e vivo caminho (Hb 10:20), que é Cristo, os argumentos usados por Paulo em diversas missivas tais como: Gálatas, Filipenses, Romanos e outras para combater os paladinos da mentira que negavam a suficiência de Cristo acrescentando a circuncisão como requisito para a salvação. Resumindo, para gozar dos benéficos da salvação e de pertencer à linhagem dos judeus que foram escolhidos por Deus deste Abraão. Os gentios deveriam ser circuncidados. Somente crer em JESUS não era suficiente. Portanto, eles deveriam acrescentar na sua vida cristã os ritos mosaicos é um deles era a circuncisão.

Empavonados no seu legalismo, esses paladinos da mentira, fanáticos, religiosos e cegos que não compreenderam que a circuncisão, os sacrifícios, a lei mosaica era apenas sombras dos bens futuros e não a imagem exata das coisas (Hb 10:1).

Cito aqui as belíssimas palavras de Paulo em Romanos “por que não é judeu que o é exteriormente, nem é circuncisão a que o é exteriormente na carne. Mas é judeu o que é no interior, e circuncisão, a que é do coração, no espírito, não na letra, cujo louvor não provém dos homens, mas de Deus (Rm 2: 28-29). Resumindo, Paulo está querendo dizer que após Cristo ser introduzindo no mundo, Ele que é a imagem do Deus invisível (Cl 1:15) a circuncisão deve ocorrer no coração. Paulo diz a circuncisão virou apenas uma mutilação, um corte que não tem significado nenhum. E diz a igreja de Filipenses: nos somos a circuncisão e não confiamos na carne, ou seja, dos privilégios e méritos (Fp 3:3).

Também podemos citar o caso do próprio Abraão que foi justificado na incircuncisão, que recebeu a promessa de ser herdeiro do mundo sem lei. Por que na verdade a lei exige perfeição, com isso, ela acaba revelando o nosso pecado e nos colocando debaixo de maldição e frustação. Resumidamente, Abrão foi justificado pela fé e não por observar os ritos da lei.

Mas quem seria esse paladino da mentira?

Pois bem, sabemos que ao apóstolo Pedro, uma das colunas da igreja de Jerusalém foi confiado o evangelho da circuncisão e ao apostolo Paulo o da incircuncisão (Gl 2:7), resumindo: Pedro anunciava o evangelho aos judeus é o apostolo Paulo anunciava o evangelho ao gentios. E muitos dos judeus se convertiam ao Senhor Jesus Cristo, porém alguns desses judeus legalistas acrescentavam a lei de Moises, fazendo do cristianismo uma seita judaica. E isso era muito perigoso, ou seja, o evangelho centrado na pessoa de Cristo estava correndo risco. E esses judeus convertidos (judaizantes) estavam perturbando as igrejas e pervertendo o evangelho.

Esses falsos mestres (judaizantes) colimando objetivos nefastos estavam ladrando suas heresias e salopando o evangelho anunciado por Paulo e seu apostolado dizendo que ele não fazia parte dos doze apóstolos comissionados por Cristo e ainda acusavam de “ignorar” os ritos mosaicos com o pretexto de agradar aos homens (Gl1:10). A influencia deste judaizantes que estavam trovejando suas heresias era tão intensa, que Pedro, líder da igreja de Jerusalém estava neutro atinente a estes fatos, não tinha coragem de desafiar esses cães, maus obreiros, esses falsos circuncisos (Fp 3:2), a ponto de Paulo lhe resistir na cara, por que era repreensível, por que, antes que alguns tivessem chegado da parte de Tiago, comia com os gentios; mas, depois que chegaram, se foi retirando e se apartou deles, temendo os que eram da circuncisão (Gl 2:11-12). Por isso no livro de Atos no capitulo 15 temos a famosa Assembleia para discutir esse assunto.

O resultado não poderia ser outro “porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não vem de obras, para que ninguém se glorie (Ef 2: 8-9). Também vale destacar que a fé não é mérito do homem, mas é dom de Deus. Pois bem, se a salvação é pela fé em Cristo Jesus, se a salvação não depende da circuncisão (obras da lei), como entender a “contradição” de Paulo e Tiago?

E por meio da fé que o homem apropria-se da justificação. E sabendo disso, Tiago, irmão de Jesus, apenas complementa a teologia de Paulo, mostrando a evidencia da fé verdadeira. As obras é a consequência da fé verdadeira e genuína. Para Calvino “Somos justificados diante de Deus pela fé, somos justificados diante dos homens pelas obras. Deus pode ver a nossa fé, mas os homens só podem ver as nossas obras”.

A graça, paz, bondade é a misericórdia seja sobre sua vida amigo leitor.

William Estevão

















Biblicamente falando, quando o governo de Israel deixou de ser teocrático Saul e Davi foram os primeiros a usufruir das benesses da monarquia. Ambos gozaram dos privilégios de um rei, porém quanto à personalidade havia uma diferença diametral: Saul, vaidoso, soberbo, desobediente; e Davi, “um homem segundo o coração de Deus”.

Mas quando a figura deste herói da fé é historiada na bíblia provavelmente vem à sua mente duas situações que é muito comum ouvirmos em pregação. A primeira, sua épica luta contra o gigante Golias. A segunda, um contrataste com o reinado de Saul, seu antecessor. Porém o meu objetivo é asseverar com evidências a disparidade da conduta destes monarcas em relação ao poder. E como ênfase, nada melhor do que evocar a célebre oração registrada no salmo 51, em especial, o versículo 11 “não me lances fora da tua presença e não retires de mim o teu Espírito Santo” (Salmo 51:11) pois quero dar um sentido tensionado neste versículo em relação aos privilégios de um rei, para que da próxima vez, você, amado irmão, ao ler esta passagem, possa incrementar essa interpretação.

Antes de adentrar na história destes homens enfatizarei alguns privilégios de um rei de Israel e nada melhor do que iniciar com os privilégios espirituais:

Em primeiro lugar, um rei era escolhido pelo próprio Deus. Saul, jovem, bonito, alto, filho de Quis (família militar), porém um homem humilde é pejoso. Teve uma mudança radical na sua vida (1Sm15:17). Da menor de todas as famílias da tribo de Benjamim para ser “rei” de Israel. De procurador de jumenta para “rei” de Israel. Do anonimato para ser revelado e jubilado perante o povo como rei (1Sm10:22-24). De um homem espiritualmente morto que não conhecia nem o profeta Samuel onde a Palavra do Senhor era de muita valia naqueles dias (1Sm3:1) para se tornar um “novo Saul” .

Em segundo lugar, o Espirito de Deus se apoderava deste rei. O vidente (profeta) Samuel ungiu Saul como “rei” (capitão) e após isso, trabalha no coração de Saul revelando as coisas que iriam acontecer, para que desta forma, Saul acreditasse (crer) nas suas palavras. E após acontecer conforme as palavras do Vidente, o Espírito do Senhor se apossa de Saul, e ele começa a profetizar, e se torna um novo homem (1Sm10:6), “está também Saul entre os profetas”. (1Sm10:12). O “velho Saul” passa agora ser um “novo Saul”.

Em terceiro lugar, um rei era direcionado (instruído) por Deus para as batalhas. Após Naás, amonita sitiar a Jabes-Gileade. O Espirito de Deus direciona Saul para reunir o exército e guerrear contra os amonitas. O número de guerreiros foi de 330 mil. Neste episódio, podemos perceber nitidamente a direção de Deus conduzindo Saul para pelejar contra os amonitas. (1Sm 11).

Em quarto lugar, os inimigos do rei sempre eram derrotados. Ter vitória e ser colocar ao lado do Deus vitorioso, Jesus Cristo. Saul conduzido pelo Espirito de Deus obteve vitória sobre os amonitas. Saul reinou sobre Israel 42 anos e obteve “muitas vitórias”. Aquele que está em Cristo é mais do que vencedor (Rm8:37).

Em quinto lugar, um rei tinha muita riqueza. Devido a lutas de classe, as pessoas gastam tempo, energia e saúde para acumular riquezas. Infelizmente alguns roubam, furtam, mata; e outros, traem, metem e estão dispostos a tudo, inclusive, pisar no próximo para obter vantagem. Todavia, o Deus de Israel que elegeu Saul é o dono do ouro e da prata. Ele é digno de toda riqueza. Ele dá para quem quiser. Ele deu riquezas para Saul, muitas riquezas. Em tempos de crise e de muita fome, Isaque prosperou profusamente aponto de os filisteus o invejarem (Gn26: 12-14). Por amor de José, a casa de Potifar prosperava financeiramente (Gn 39:5). Amados irmãos, não gostaria de citar Davi atinente a estes privilégios, porém, vou abrir uma exceção e destacarei em letras maiúsculas para que você tire suas próprias conclusões. Veja o que disse o SENHOR ao reprender Davi: “Eu te ungi rei sobre Israel e eu te livrei das mãos de Saul; e te dei a casa de teu senhor e as mulheres de teu senhor em teu seio e também te dei a casa de Israel e de Judá; e SE ISTO É POUCO, MAIS TE ACRESCENTARIA TAIS E TAIS COISAS (2Sm12:8)”.

Em sexto lugar, um rei tinha muita fama. E óbvio que quem assumisse o trono de Israel a fama seria uma consequência “então, jubilou todo o povo, e disseram: Viva o rei! (1Sm10:24)”.

Em sétimo lugar, um rei tinha muitas mulheres. Ao assumir o trono de Israel que proporcionava poder, riquezas e fama. Saul era jovem (30 anos), alto, bonito e certamente um homem com essas qualidades atrairia a mulherada. Saul tinha varias concubinas, portanto tinha as mulheres mais belas na sua cama.

Em oitavo lugar, um rei tinha muitos funcionários para lhe servir. Este será o costume do rei que houver de reinar sobre vós: ele tomará os vossos filhos e os empregará para os seus carros e para seus cavaleiros, para que corram adiante dos seus carros; e para que lavrem a sua lavoura, e seguem a sua sega, e faça as suas armas de guerra e os petrechos de seus carros. Ele tomará as vossas filhas para perfumistas, cozinheiras e padeiras. Também os vossos criados, e as vossas criadas, e os vossos melhores jovens, e os vossos jumentos tomará e os empregará no seu trabalho. Dizimará o vosso rebanho, e vós lhe servireis de criados (1Sm8: 11-17).

Em nono lugar, um rei era amado pelo seu. Apesar de ter constituído a seus filhos por juízes de Israel, o profeta Samuel foi o último Juiz. Pois os anciões de Israel rejeitaram os filhos de Samuel como juízes, pois estes eram inclinados à avareza e pervertiam o juízo. Assim o governo de Israel passou por uma transição: do governo teocrático para a monarquia. Pois o povo inspirado em outras nações disse a Samuel para constituir um rei sobre Israel e que este jugasse o povo (1Sm8:1-5). Israel estava “sedento” para demostrar “amor” por um Rei.

Depois desses nove pontos, agora vem a minha mente o famigerado versículo “Pois, que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Mc 8:36”, acho que para esses reis esse versículos não serviria. Eles poderiam ter as duas coisas: o DONO do ouro e da prata e a prata e o ouro. Esses reis além de “ganhar o mundo inteiro” eles tinha vida com Deus. O Espirito de Deus estava sobre eles. Eram homens escolhidos por Deus. Eram homens que serviam o Deus verdadeiro, ao contrário de outros reis que serviam falsos deuses. Eram homens ungidos por Deus para liderar seu povo eleito. Homens que liderava um povo que a Palavra de Deus foi lhe confiada (Rm 3:2). Resumindo, esses reis tinham tudo o que uma pessoa gostaria de ter: bênçãos espirituais e matérias. Estes são os privilégios de um rei de Israel, caso permanecesse em obediência ao Senhor.

Diante dos fatos expostos, farei um nexo com titulo do texto. Para isso, convido você, amado irmão, a presumir que Davi tenha em mente todos estes privilégios citados acima. Davi viu toda a glória e o poder do reinado de Saul. Davi viu a fama de Saul e o quanto este era honrado. Davi participou das conquistas e vitória do Rei Saul. Davi viu o quanto à monarquia se beneficiava de status, título, fama, prestígio, riquezas, mulheres, servos e muito mais outras coisas.

Mas, como nem tudo são flores, Davi viu gradativamente a ruina e a morte do “rei” Saul como consequência do seu pecado contra o Deus que o elegeu Rei de Israel. Davi viu o finamento dos dois filhos de Saul; Jônatas seu amigo e Isbosete.

Esse mesmo Davi que se tornará rei de Israel, suplente de Saul e que presenciou toda a ruína do seu reinado, anos mais tarde, está na mesma berlinda. Davi peca contra Deus.

Este fato motivou-me a descerrar sobre o pós-pecado de Davi. Vamos conjecturar que Davi estivesse rememorando o fim horrendo e trágico de Saul. Porém, Davi é enfático “não me lances fora da tua presença e não retires de mim o teu Espírito Santo” (Salmo 51:11). Este versículo mostra que a boca fala o que está cheio o coração (Mt12:34b). Davi não se preocupou em perder riquezas. Davi não se preocupou em perder sua fama. Davi não se preocupou em perder seu status de Rei. Davi não se preocupou com a sua transição de Rei para ser novamente um pastor de ovelha. Davi não se preocupou em perder sua honra perante o povo. Davi não se apegou as riquezas, a luxuria, a fama, a vaidade e a honra. Ao contrario de Saul que disse a Samuel: Pequei; honra-me, porém, agora diante dos anciãos do meu povo e diante de Israel (1Sm15:30). O tesouro de Davi não estava no trono de Israel, nas riquezas, na fama, nas posses, nos privilégios terrenos de um rei. E Como a bíblia diz: “Onde está o vosso tesouro estará o vosso coração (Mt6:21)”. O maior tesouro de Davi era o Espirito de Deus. O maior tesouro de Davi é está na presença do Senhor. Para Davi o maior privilégio era ter o Espirito de Deus sobre sua vida e ter comunhão com Deus. Davi virou a sombra de um “homem segundo o coração de Deus”, pois num futuro distante Jesus Cristo seria este homem segundo o coração de Deus.

E muito comum no nosso dia-a-dia ao evangelizarmos uma pessoa que tem status na sociedade, que tem fama, prestígio, renome, sucesso e riquezas; dizemos: “só falta Jesus na vida desta pessoa” como se Jesus fosse a cereja do bolo (Paul Washer), a ultima “peça” para enfeitar a vida do homem. Amados irmãos, aprendemos com Davi: quem tem Deus tem tudo e quem não tem nada tem.

A graça, paz, bondade é a misericórdia seja sobre sua vida amigo leitor.

William Estevão

















O significado do seu nome será o ponto de partida para descerrar a vida e a conduta deste homem mencionado apenas em sete versículos da bíblia narrados na missiva de Filipenses ( Fp 2: 25-30; 4: 18).

Pois bem, se o nome pode revelar algo sobre a personalidade de uma pessoa, o que podemos pressagiar de Epafrodito? Que significa amável, encantador e agradável.

Sim, amados irmãos, estas são algumas virtudes deste valoroso irmão, cooperador do evangelho, companheiro de lutas do apóstolo Paulo e mensageiro da igreja de Filipos (Fp 2:25) que sempre estava em prontidão para servir a igreja do Deus vivo mesmo correndo risco (Fp 2:27).

Agora, vamos analisar os fatos que demonstram e comprovam na prática as benesses deste colaborador inestimável que ornam o modelo da conduta e fé cristã.

A igreja de Filipos foi fundada pelo apóstolo Paulo durante sua segunda viagem missionária. (Atos 16). O grande apóstolo tinha a intenção de evangelizar a Ásia, porém Deus o envia para a Europa. Concordo com Hernandes Dias Lopes que a entrada de Paulo na Europa por orientação divina (Atos 19: 9) foi um divisor de águas na historia do mundo.

E quando Paulo chega à cidade de Filipos que era uma colônia romana, que não possuía sinagoga. A bíblia relata em Atos (16: 14-34) a regeneração e conversão de três pessoas de forma muito díspar: Lídia de origem asiática, a jovem possessa com espirito de pitonisa de origem grega e o carcereiro de origem romana.

Mas, como nem tudo são flores, mesmo sendo por orientação divina, o apóstolo Paulo foi fustigado, preso e expulso da cidade de Filipos. Porém a semente estava plantada e produziu bons frutos como Evódia, Síntique, Clemente, bispos, diáconos e também o nosso irmão Epafrodito. Nasce em Filipos uma igreja pujante.

Porém, os anos passaram é agora nosso apóstolo está preso como um “criminoso” aguardando sua absolvição ou condenação. Mas, a fiel, zelosa é mantenedora igreja missional de Filipos estava sempre presente na vida do apóstolo é a prova disso é que designa Epafrodito para levar uma oferta é servir o apóstolo na prisão em Roma é também para solicitar de Paulo o envio de Timóteo para igreja de Filipos.

Rumo a esta missão, para servir os interesses da Igreja, Epafrodito faz essa longa jornada (média de 6 semanas) de Filipos a Roma. Também vale ressaltar o risco de vida de Epafrodito ao se associar a um “criminoso” preso. E para piorar a situação, provavelmente ele adoece no caminho.

Na prisão em Roma, Epafrodito esteve no píncaro patíbulo da morte. E ao tomar conhecimento que a igreja de Filipos tem ciência da sua situação é do “fracasso da sua missão” ele fica aturdido e angustiado. Dias Lopes é oportuno ao afirmar que mesmo fazendo a vontade e a obra de Deus não estamos imunes às situações adversas. A saudade dos irmãos, a apreensão acerca da sua condição e a impossibilidade de cumprir plenamente o seu trabalho em relação ao apóstolo afligiram-lhe a alma.

Entrementes, Deus usa da sua misericórdia e poupa a vida de Epafrodito. Por isso, o apóstolo Paulo decide permanecer com Timóteo e reenvia Epafrodito para a igreja de Filipos.

Paulo, com seu senso pastoral, para calar a boca dos críticos de plantão disse “E peço que vocês o recebam no Senhor com grande alegria e honrem a homens como este, porque ele quase morreu por amor à causa de Cristo, arriscando a vida para suprir a ajuda que vocês não me podiam dar” ( Fp: 2:29).

Assim, podemos perceber o quando esse homem amava a igreja, podemos perceber o quanto esse homem renunciou seus próprios interesses, para buscar os interesses de Cristo. De fato, neste homem havia o mesmo sentimento (atitude) que houve em Cristo (Fp 2:5). Amados irmãos, Epafrodito nos ensina que o nosso EU sempre deve estar em segundo plano e que quando servimos os outros nos tornamos maiores. E como diz a bíblia “se alguém quer ser o primeiro, seja o último de todos e o servo de todos” (Mc 9:35).

O interessante é que Paulo fala de Cristo que se humilhou é que não usou dos seus privilégios divinos para tirar proveitos, pelo contrário foi obediente ao Pai e fez a vontade do Pai e não a sua. (Fp 2: 6-11). E mais adiante no versículo (Fp 2:17) Paulo usa seu exemplo de amor aos interesses da causa de Cristo “Ainda que tenha de derramar o meu sangue sobre o sacrifício em homenagem à vossa fé, eu me alegro e vos felicito. Depois usa seis versículos também para falar de Timóteo e Epafrodito. Que são homens que não buscam os seus próprios interesses, mas que buscam o interesse da igreja, de Cristo.

Desta forma, aproveito o ensejo para enfatizar que existem muitos “Epafroditos” na igreja atual, homens anônimos, mas, que servem a Deus no espirito, que servem a igreja do Senhor, que contribuem para o progresso do evangelho, homens que correm riscos, homens que estão sempre em prontidão, homens interessados pela causa dos outros, homens companheiros de lutas, homens que são exemplos para serem seguidos. Estamos vivendo os dias maus e é lamentável que muitos líderes religiosos que são grandes em famas e riqueza sejam anões no caráter (HERNANDES). A igreja precisa de homens de caráter. A igreja precisa de homens como Epafrodito.

A graça, paz, bondade é a misericórdia seja sobre sua vida amigo leitor.

William Estevão


















O apóstolo Paulo quando escreve a primeira carta à igreja de Corinto tem como propósito corrigir várias deficiências daquela comunidade cristã.

E uma delas é atinente a carnes sacrificadas a ídolos. Diante deste conflito de opiniões aprendemos com o apóstolo a “frear” nossa liberdade cristã em razão da fraqueza (consciência) do nosso irmão para evitar escândalos (Atos 8,9,10).

Há uma passagem na bíblia que diz que alguns irmãos crê que de tudo se pode comer, e outro que é fraco come legumes(Rm 14:12)

Porém, nos dias de hoje emitir uma opinião sobre uma prática rotineira presente em muitas denominações evangélicas, as questões acima devem ser levadas em considerações, pois é uma tarefa muito difícil. Recordo-me dos comentários negativos que recebi quando mencionei a incoerência de algumas igrejas durante o período da páscoa. Por um lado, temos os pastores que se dedicam ao estudo da Palavra para transmitirem o verdadeiro significado da páscoa, do outro lado temos os cultos infantis ensinando as crianças desenhar e pintar coelhos e ovos de páscoa. Você percebe a incoerência? Não devemos ensinar as crianças pela forma correta? Por acaso não existe um adágio que diz que o “preguiçoso” trabalha duas vezes?

Pois bem, voltando ao assunto da oração realizada no monte (por favor, não se escandalize) JESUS CRISTO nosso maior exemplo achado em figura humana diz que não tinha onde reclinar a cabeça (Mt 8:20) é durante seu ministério era comum Jesus procurar um local para orar ao Pai secretamente. Jesus orou no deserto e orou no monte das oliveiras é tudo que Jesus fez havia um propósito. A escolha destes lugares havia um propósito pedagógico que em outra ocasião irei comentar.

Porém, no seu magno diálogo com a mulher samaritana aprendemos que não existe um local sagrado que dar validade à oração, que a torna mais eficaz. Concordo com Hernades Dias Lopes que diz que a oração não é centrada em lugares sagrados. A bíblia ensina que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espirito e em verdade (4:23).

Essa prática acaba contribuindo para a introdução de novos rituais, símbolos e atos “proféticos” oriundos da lei que eram apenas sombras dos bens futuros e não a imagem exata das coisas (Hb 10:1).

Hoje, vemos igrejas com água ungida de Israel, listagem de pecados para queimar em fogueira, cajado de Moisés, sal ungido, óleo de Israel, areia do monte Sinai, arca da aliança, músicas de Israel, kipá, candelabro etc...

Eis aqui venho, para fazer, ó Deus, a tua vontade. Tira o primeiro, para estabelecer o segundo. (Hb 10:9)

Segundo William Barclay, o templo era formado por uma série de pátios: pátio dos gentios, pátio das mulheres, pátio dos Israelitas é o pátio dos sacerdotes, porém, foi purificado e substituído por Jesus, o verdadeiro santuário de Deus entre os homens (João 2: 18-22). Jesus nós deu uma grande lição ensinando que a verdadeira adoração não tem a ver com a geografia do templo. A nova adoração dependerá da integridade interior, e não da geografia exterior (Jo 4. 19-24).

Dessa forma, quero dizer que não sou contra quem faz tal prática, até por que acredito que o tamanho da nossa oração diz o tamanho da nossa fé. Devemos orar sem cessar (1Ts 5:17). O nosso Deus é Vivo, Deus de perto é não de longe, o Deus que ouve o clamor do seu povo. O monte não fará a sua oração ser mais poderosa. O monte não é um local sagrado. O monte não faz você ser um adorador de excelência. O monte pode ser seu quarto, sua igreja, seu local de comunhão com Deus. O monte aponta para uma aproximação com Deus, o monte representa a escada que você tem que subir todos os dias para estar mais perto de Deus.

William Estevão